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Força Bravo! A Torcida Do Fluminense Não Tem Dono! (16/02/2014)

Creio que pela primeira vez, em mais de onze anos escrevendo neste espaço, não escrevi um texto de saudação ao ano novo para os tricolores. Até pensei em fazer, mas estava enojado por tudo o que acompanhamos na imprensa sobre o episódio Lusa e Flamengo, onde jornalistas desempenharam um estranho papel de demonizar uma instituição inocente, parecendo ignorar completamente a inacreditável coincidência daqueles dois clubes terem cometido em menos de 24 horas um erro que não era cometido há quase uma década. Agora sabemos que vai mesmo acabar em pizza. Nem vou me alongar nesse tema, pois já foi o assunto do último texto que escrevi. Fica o repúdio aos jornalistas marrons, vergonha da imprensa, como Milton Neves, Flavio Prado e Renato Mauricio Prado, mas em especial à ESPN Brasil (destaque para as atuações torpes de Antero Greco e Mauro César), pelo triste papel a que se prestou. A ESPN vem tentando se retratar, ainda que veladamente, mas o mal está feito. Sua imagem está estragada, em definitivo, acho, junto ao torcedor do Fluminense.

Mas voltando aos poucos a gostar de futebol, inevitável, eu gostaria de falar um pouco sobre a torcida do Fluminense.

A torcida do Fluminense sofreu uma revolução na segunda metade da década passada. Não sei exatamente quando tudo começou, mas eu tomei conhecimento do movimento Legião Tricolor em 2007, na campanha vitoriosa pelo título da Copa do Brasil e a boa campanha no Brasileiro. Lembro bem que publiquei aqui um texto sobre o grupo. O estatuto da (ou do) Legião era bem interessante. Dizia coisas instigantes para o que estávamos acostumados a ver. A camisa a ser usada é
qualquer uma do Fluminense, não do grupo. Não se vaia jogador do Fluminense. Não há o egocentrismo de cantar músicas de auto exaltação. Todas as músicas se propõem exclusivamente a apoiar o Fluminense. Foram criadas dezenas de novas músicas, saindo daquela mesmice que imperava, sobre dar porrada, sobre o bicho pegar e outras bobagens que pouco serviam para apoiar o time. Serviam mais para afastar as famílias dos estádios.

Assim vimos festas memoráveis no Maracanã, em 2007, 2008, 2009, 2010, etc. Só aí foram dois títulos nacionais comemorados com canções que exaltavam exclusivamente o Fluminense Football Club. Frases que ficaram, como "Orgulho de ser tricolor", "Tricolor em toda terra", "Meu tricolor amo você", entre tantas outras.

Porém, que pena, como dizia o filme, nada dura para sempre. Aquilo que para nós era inquestionável, era questionável para alguns, que se consideram os donos da torcida. Aos poucos o MPLT (Movimento Popular Legião Tricolor) foi sendo minado. Também não sei afirmar quando terminou, mas o fato é que para nosso desgosto o Legião praticamente ou efetivamente, sei lá, acabou.

A boa notícia é que surgiu o Bravo 52. Li no blog deles que foi fundado em 2009 e que na verdade é praticamente uma dissidência do Legião, porque alguns integrantes do movimento engajaram-se na política do Flu. Confesso que não concordo com essa ideia, pois o torcedor não precisa ficar alheio à política do clube. Nem deve, no meu modo de ver. Mas não importa. A Bravo segue os conceitos de torcer pelo clube sem pensar em violência, sem pensar nada que não seja ajudar o Fluminense a vencer os jogos. Altamente louvável! Diria mais: é o que nossa torcida precisa.

O título que eu imaginava para este texto seria ?Volta Legião?. Porém soube por alguns dos próprios ex-integrantes que isso nem seria necessário, pois boa parte dos que ?tocavam? o movimento migraram para a Bravo. Se é assim, todo apoio à Bravo. E que retornem as belas festas ao Maracanã.

Infelizmente fui informado sobre truculência de integrantes de organizadas contra o pessoal do Bravo, após a partida contra o Boavista. Triste! Decepcionante ver esse tipo de ato sendo praticado por tricolores. Acho que toda a nossa torcida tem que repudiar veementemente esse tipo de atitude e se unir em torno dos torcedores que querem apenas fazer festa, ver o Fluminense vencer e possibilitar que as famílias possam voltar aos estádios, como ensaiaram começar a fazer a partir de 2007.

Força Bravo! A torcida do Fluminense não tem dono!

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