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Sobre Demagogia, Hipocrisia E Covardia (22/12/2013)

Amigos, há uma palavra que todos conhecem, que muitos usam no dia a dia, mas que, apesar de a rigor referir-se tão somente a uma parte do corpo de animais, o ?testículo?, é considerada pelo Aurélio, como acabei de constatar, um termo chulo. Se é assim, não o citarei explicitamente, em respeito aos poucos leitores deste espaço. Vou apenas dizer que ele começa com a letra ?c? e termina com ?ão?, mas doravante tratarei apenas como ?aquilo?.

Por que essa introdução? Simplesmente porque com o uso popular, essa palavra foi ganhando um significado interessante, diferente do original, e que é quase insubstituível. Não tem outra que dê a mesma sonoridade, o exato sentido do que quero expressar. Ter ?aquilo?, significa ter coragem. Não ser covarde. Não ter ?aquilo? para alguma coisa, significa omitir-se, acovardar-se.

Esta palavra, ou a expressão ?Não tem ?aquilo??, me vem à mente quando eu vejo e leio as barbaridades que a imprensa esportiva vem fazendo com o nosso Fluminense.

Há poucos dias, um adolescente, torcedor do Fluminense que mora em São Paulo, caminhava no clube do qual é associado - um clube frequentado pela classe média-alta da capital paulista - vestindo a camisa do seu clube, como sempre fazia. Dessa vez, no entanto, foi cercado por outros garotos, agredido, ofendido e teve sua camisa roubada.

Quem incitou essa violência? Respondo sem hesitar: foram, entre outros, os irresponsáveis Antero Greco, Juca Kfouri, José Trajano, Mauro César, Milton Neves, Flavio Prado, Renato Mauricio Prado e André Risek. Ainda que indiretamente, eles são sim, culpados por disseminar um ódio, que para dourar a pílula, é totalmente infundado.

O que foi orquestrado contra a instituição Fluminense e sua torcida neste final de 2013 é inominável! Um bullying desprezível! Um linchamento de uma instituição inocente e de uma torcida ainda mais inocente. Mas o mais abominável é a covardia deste posicionamento. São jornalistas que não têm ?aquilo? para questionar os verdadeiros vilões do futebol brasileiro.

Vários jornalistas adoram falar em "virada de mesa" de 1997, e colocar o Fluminense como beneficiado e vilão. Beneficiado sim, admitamos, mas vilão? Por que esses jornalistas não gostam de lembrar quem foram os verdadeiros vilões de 1996/1997? Fácil! Porque um deles é o Corinthians, maior torcida de São Paulo! Cadê coragem? São covardes! Eles não têm ?aquilo? para comprar essa briga. O Corinthians estava envolvido numa das maiores picaretagens do futebol brasileiro em todos os tempos, com negociações de resultados de jogos, comprovadas por escutas telefônicas. A CBF não teve ?aquilo? para rebaixar o Corinthians. Era o que faltava rebaixar o Fluminense e manter um clube que comprou resultados, não? Mas os ?jornalistas?, com honrosas exceções, não têm ?aquilo? sequer para lembrar do episódio. São covardes! São hipócritas!

O caso de 2013, indiretamente envolve o Flamengo, o outro time de grande torcida, que a imprensa em geral morre de medo de contrariar. Amigos, a inacreditável coincidência de a Portuguesa ter repetido no domingo o mesmíssimo e raro erro do Flamengo no sábado, deveria no mínimo levantar curiosidades, para não dizer graves suspeitas. A possibilidade de a Portuguesa ter sido subornada pelo Flamengo não é irrelevante. Ou alguém acha que é? Segundo matemáticos, a probabilidade de ocorrer essa ?coincidência?, é de uma em 40.000. Vejam só: um time grande do Rio comete, no sábado, um erro que o rebaixaria. Menos de 24 horas depois um time pequeno comete o mesmo erro e o salva. Alguém se preocupa com isso? Que nada! Ninguém fala nada. Eles não têm ?aquilo?. São covardes e hipócritas!

É mais fácil jogar na lama o nome da instituição Fluminense, que embora tenha uma torcida grande, não está entre as duas maiores e assim lhes causa menos problemas. Afinal quando desfazem do Fluminense, acabam agradando aos torcedores dos seus rivais. Demagogia, hipocrisia e covardia. Tudo misturado no mesmo caldeirão.

Assim, vamos vendo a imprensa em geral, e a ESPN Brasil em destaque, fazendo um papel feio. Jornalismo marrom, sensacionalista. Sabemos que a emissora tem direito a poucas imagens dos jogos e assim privilegia os comentários. Legítimo. O que não é legítimo é seus comentaristas, em especial os senhores Antero Greco e Mauro César virem desrespeitar a instituição Fluminense, cujo único pecado foi estar justamente na posição que passou a ser ocupada pela Lusa, após a justa perda de pontos do clube paulista, que descumpriu o regulamento. Quanto despeito!

Não é surpresa. Essa mesma imprensa fez vista grossa a todas as falcatruas do Flamengo e do Corinthians ao longo da história. Fez de conta que não viu o episódio das papeletas amarelas, esquema ilícito que beneficiou o Flamengo nos anos 80, exaltou a conquista da Libertadores de 1981 como se nada estranho tivesse acontecido, mesmo depois da suspeita atuação do árbitro José Roberto Right, expulsando vários jogadores do Atlético-MG numa partida decisiva. Considera o Flamengo campeão de 1987, apesar de ele ter se recusado a disputar as finais. O Corinthians venceu Copa do Brasil de 2002 e Brasileiro de 2005 contando com estranhos e suspeitos acontecimentos, dentro e fora de campo. Silêncio!

Neste ano de 2013, a imprensa, especialmente a paulista, criou uma verdadeira lenda urbana. Criaram um falso duelo David x Golias para encobrir o verdadeiro duelo bairrista Rio x SP. Lançaram mão do sensacionalismo do ?grande x pequeno?. A Lusa, pobrezinha, sendo suplantada pelo gigante mau, o Fluminense. O que há na verdade? Um grande do Rio substituir na série A um pequeno paulista? Inadmissível! O regulamento não importa.

Essa é a mensagem que esses pseudo-jornalistas estão passando: ?Rasguem o regulamento?. O que vale é o resultado de campo? Se é assim, amigos, devolvam a medalha a Ben Johnson. Devolvam a medalha de Lance Armstrong. Hipócritas!

O advogado Daniel Cravo, especializado em direito esportivo e que nada tem a ver com o Fluminense, apenas defende o cumprimento da lei, rebateu um a um todos os argumentos desesperados de André Risek, no programa Troca de Passes, da SporTv. O ?jornalista? (e tome aspas) tentava arrancar dele alguma forma de defender a Portuguesa no episódio. Mas não tem como argumentar contra a lei e a honestidade. Cada tentativa era rechaçada com a frieza dos fatos e do regulamento, colocados de forma didática e cristalina, deixando Risek com um sorriso amarelo, cínico e desconsolado.

Juca Kfouri arrumou uma possibilidade de salvar a Lusa. Uma brecha no regulamento da CBF, que só ele parece levar a sério. Anda alardeando isso em sua coluna e em seu blog. Porém não aceitou dar espaço ao já citado Daniel Cravo, que queria mostrar a verdade, que aquilo não é juridicamente aceitável. Segundo Daniel, via twitter, Juca recusou-se a publicar, alegando não querer ?dar voz ao outro lado?. Isso é jornalismo? Não, isso é parcialidade pura e simples. Que melancólico fim de carreira do Juca!

O ano de 2014 será difícil para a torcida do Fluminense. Mesmo inocentes, sofreremos perseguições dentro e fora dos campos e é muito provável que haja atos de violência.

Não tenho nenhuma dúvida sobre quem serão os culpados. Alguns deles estão na foto lá em cima.

Amigos tricolores, estamos no país mais hipócrita do mundo. Se considerarmos a imprensa esportiva, essa hipocrisia vai à estratosfera. Então, amemos o ódio deles e respondamos, não com a violência que eles estão provocando, mas com amor ao Fluminense. Vamos abraçar o clube em 2014 e dar, dentro de campo, a resposta que esses cretinos merecem.

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