Que diferença a gente ver em detalhes, pela televisão, um técnico detalhista e ligado no jogo, Renato Gaúcho, e do nosso lado o Marcelo Preguiça, que limita-se a coçar a calva, sem dar sequer um pitaco no jogo. Time mal treinado, cinco defensores em linha e ninguém no meio de campo.

Quando um jogador disposto a se doar, como Leo, Ibañez, Digão, Ayrton Lucas ou Everaldo, consegue pegar na bola, é nítido que todos os outros se escondem ? ou por medo de receber a bola e errar, por preguiça ou sabotagem pura e simples.

Pouco antes, tínhamos visto pela televisão Chelsea e Liverpool, uma verdadeira aula de colocação em campo, de posicionamento de defesas e de saídas para o ataque. Claro que não me refiro ao nível dos jogadores, porque seria covardia. Eu me refiro ao trabalho dos técnicos.

Os dois times ingleses usam duas linhas de quatro jogadores quando são atacados, o que torna difícil o trabalho do ataque adversário. Sempre há marcação e cobertura. Quando a bola é recuperada, a segunda linha sai rapidamente para o jogo, e cada jogador sabe exatamente onde encontrar um companheiro.

O Fluminense não tem jogadores de meio de campo, defende-se com uma linha de cinco que é facilmente batida, justamente porque joga em linha (a linha burra do João Saldanha) e não tem sequer uma sombra de organização em campo.

Cada jogador faz o que lhe dá na telha ? o que significa que, pelos menos uns cinco, preferem não fazer nada.

Nosso meio de campo é um vazio. O time do Grêmio que nos venceu em ritmo de treino, passeando em campo, é o time reserva. O que vimos no Engenhão foi uma vergonha, uma falta de respeito com o torcedor e com a nossa camisa, e um atestado de incompetência do técnico.

A torcida tenta acreditar, apoiar, elogiar, mas esse time e esse técnico não são capazes de vencer duas ou três partidas seguidas. Não sei qual o efeito da falta de salários em toda essa aberração técnica e anímica do time e do treinador.

Soubemos que pagaram um salário, o de julho, mas ainda faltam três meses de direitos de imagem, um mês de CLT e sabe-se lá o que mais, se é que vai sair mais alguma coisa.

O Watford ganhou do Everton mais de 200 milhões de reais à vista pelo Richarlison. Para pagar 17 milhões ao Fluminense demora vários meses, e ainda parcela em três vezes.

Agora falam em uma nova ?promoção?, o tal de DNA Tricolor. Credibilidade zero. Não adianta lançar novidades, porque com essa diretoria ninguém vai embarcar em mais nada. Tentei me cadastrar, pus o CPF e o e-mail, mas o troço não me aceitou ? ?Tente mais tarde?, foi a resposta que li.

Teimoso, tentei mais tarde. E aí o negócio me exigiu a senha de sócio. Sim, sou sócio contribuinte, 130 reais por mês, mas jamais vou ao clube ou uso senhas, porque moro em Brasília. Não sei a minha senha, e nem vou correr atrás para saber.

O time em campo é assim, como o clube. Nada funciona, tudo está errado, a bagunça é generalizada, a incúria, a desídia, a inépcia, a desorganização. A torcida tinha horror ao Douglas e ao Henrique, e os dois estão na final da Copa do Brasil, o que já garante ao Curintcha uma grana equivalente a um Richarlison. Será que o problema era deles ou do Flu?

O Marcelo fez treinos "em campo reduzido", como está bacana e na moda se dizer. Dizem que dá dinâmica ao jogo e rapidez e precisão na troca de passes.

Como assim? Nosso time não sabe passar e nem receber a bola! Os caras se escondem, são absurdamente lentos, dão o passe errado! O Rúnior Sornoza é uma lesma em campo, o Richard, uma lagarta.

Sulamericana? Qual...temos é que nos preocupar em chegar aos 45 pontos no Brasileirão.

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