Quando o nosso ataque, sem Pedro, vai marcar um gol? Até agora, foram apenas dois gols, marcados por adversários contra as próprias redes, em jogos fora de casa que poderíamos ter vencido, não fosse a baixíssima qualidade técnica dos nossos jogadores...e do nosso treinador.

Alguns vão dizer: ?Ah, mas o técnico não pode fazer milagres com um elenco tão ruim!?. Meia verdade, apenas. Vejam o Vitória, o Sport, o Patético Paranaense e o Santos. Dois já nos ultrapassaram, o Santos e o Patético, e os outros dois colaram em nosso traseiro e, tudo indica, vão passar à nossa frente.

Temos que vencer urgentemente, começando pelo jogo contra o Vitória, no Maracanã. Não só porque a turma de baixo vem ganhando jogos, mas porque o nosso time vai despencar ainda mais daqui a pouco, pela ausência absoluta de salários ? nem o Ciro Gomes resolve o problema do caloteiro Pedro Abad.

Há dois ou três anos a coisa acontece assim: somos salvos do rebaixamento graças a um bom primeiro turno, quando é possível pagar mais ou menos em dia. A partir do segundo, o dinheiro some miraculosamente, e o rendimento do time vai a zero.

No ano passado, se não me engano, fomos os lanternas, se contarmos apenas o segundo turno. E iniciamos este ano (como terminamos o anterior) com os jogadores denunciando o calote brutal da diretoria, dizendo que viveram o pior período de suas carreiras. Dourado, Marcos Júnior, Scarpa etc.

Como desgraça pouca é bobagem para a diretoria do Flu, demitiram os maiores salários, fizeram acordos de quitação de dívidas, e não pagaram a ninguém ? praxe em uma diretoria de vigaristas e caloteiros. E agora querem caçar patrocinador máster: quem é louco de associar sua marca a essa turma?

Mentiram desde janeiro do ano passado: não assinaríamos patrocínio com a Caixa Econômica porque as condições da estatal eram leoninas. Mentira! Não assinamos porque não tínhamos as tais certidões negativas, porque nossa diretoria é caloteira e não merece confiança. E as dívidas não param de crescer.

A próxima meta deles é perder o Profut, o que seria tragédia total, com a volta das penhoras das parcas receitas que o clube ainda tem. Só vão largar o osso quando o clube parar totalmente de funcionar. Falta pouco.

Sobre futebol jogado em campo, confesso que não vejo como o Fluminense possa voltar a vencer algum jogo. Os atacantes contratados, todos somados, não conseguem acertar um mísero chute a gol. E a metástese desta diretoria, o técnico Marcelo Oliveira, resolveu queimar na fogueira Marcos Júnior e Pablo Dyego, por razões desconhecidas.

Um, Marcos Júnior, é um dos pouquíssimos atacantes nossos que, de vez em quando, metiam um gol. O outro, Pablo Dyego, é o único realmente veloz que nós temos, junto com Matheus Alessandro. Veloz e forte. É uma maluquice, mas só posso acreditar em uma possibilidade:

Júnior Dutra, Everaldo, Luciano e Caíque foram contratados na base de um acordo: não receberão salários, mas têm a garantia de que vão jogar, para mostrar algum serviço e arranjar outro clube no ano que vem. Não é possível imaginar outra coisa.

Pelo menos, não teríamos gente desmotivada por falta de salários. Deve ser isso...

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