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As Lembranças Que Traz Um Gol Olímpico. (03/08/2018)

Uma delícia saborear uma vitória assim, embora o adversário não seja lá grandes coisas. Vitória sofrida, com o time jogando com uma garra impressionante, e com gols de lavar a alma. Tomara que agora Sornoza acorde e nos prove que é um grande jogador. Golaço!

Eu me lembro de dois gols olímpicos espetaculares do Fluminense. O primeiro, do Paulo César Caju em 1975. Cruzeiro e Flu jogavam no Mineirão, jogo duríssimo, de dois timaços ? o Flu tinha a Máquina de PC, Rivelino, Pintinho etc.

Finalzinho da partida, 45 ou 46 do segundo tempo, jogo empatado em um a um, escanteio para o Flu pela esquerda.

O ex-ponta-esquerda Zé Roberto, que jogava naquele timaço, conta em um dos seus excelentes livros sobre futebol, que PC, já exausto, ficou gritando para ele e outros jogadores para que se aproximassem, porque faria o passe curto, a fim de que enrolassem por ali até o jogo acabar. Ninguém foi.

Caju, então, ousou: bateu direto e fez o gol olímpico, encobrindo o goleiro Raul Wanderléia. Flu 2 a 1. O outro gol olímpico do Flu de que me lembro foi do cracaço Petkovic, em 2006, contra o Grêmio, no velho Estádio Olímpico.

O Grêmio vencia por 1 a 0. O Flu desastroso em campo. No segundo tempo, Pet começou a jogar. Meteu logo um gol olímpico no goleiro Galatto. Fez dois gols e arrebentou, o que nos levou ao 4 a 1. Como tínhamos pernas-de-pau no time, o jogo acabou 4 a 4.

Mas voltemos à vitória sobre o Defensor. Impressionante a raça dos nossos jogadores, além da atuação gigante de Digão. Como o Defensor não queria jogar, fica difícil avaliar se atuamos muito bem, ou não marcamos mais cedo por deficiência técnica.

Se o São Paulo for eliminado pelo Colón da Argentina, que o derrotou no Morumbi, teremos chances de levar essa Sulamericana. Nosso problema é acumular as duas competições, porque nosso elenco é realmente limitado. O ideal seria afastar logo o risco do rebaixamento e cuidar da Sulamiranda.

Temos dois bons laterais titulares, mas os reservas são fracos. Gum e Digão são absolutos, e há o Ibañez, que pode jogar na zaga ou no meio. Mas é pouco. Sornoza é instável e não tem reserva à altura. Pedro é hoje insubstituível.

Resta o nosso velho otimismo e a nossa eterna esperança. Afinal, estamos falando de Fluminense.

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