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Ufa! (20/11/2017)

Parecia que iríamos viver outro pesadelo. Começamos o jogo como o mesmo time de zumbis que tantas vezes nos atormentou ao longo do campeonato. Jogadores pessimamente treinados, aparentemente desinteressados, sem jogadas, andando em campo, errando passes idiotas.

Desta vez, porém, o Daronco nos ajudou e expulsou o jogador da Ponte Preta por ter feito menos de um terço do que fez o time do Curintcha inteiro naquela quarta-feira infeliz. O jogou passou a ficar em nossas mãos, e mesmo assim os jogadores demonstravam vontade de entregar.

Nem é hora de fazer uma análise mais detalhada dos jogadores que não podem de jeito nenhum permanecer no ano que vem, nem sobre o trabalho do Abel. O momento é de alívio, e de ouvir o que disse de novo o Ceifador depois do jogo: não pode continuar assim no próximo ano,

Henrique Dourado diz o que toda a torcida do Fluminense sabe: falta tudo. Faltam planejamento, competência, dinheiro, vergonha na cara, objetivos, profissionalismo. O Flu não pode ficar nesse cai-não-cai, porque uma hora cai. Se continuar assim, no ano que vem nós caímos.

Lanço aqui uma pergunta à diretoria do Fluminense: não caberia pensar em uma renúncia negociada? Estamos vendo que o clube está acéfalo, que faltam quadros dirigentes, que o barco está à deriva. Um nome consensual assumiria com apoio geral e tentaria mudar as coisas.

Algo como o que aconteceu com David Fischel, que nos salvou no pior momento da nossa história. Foi eleito praticamente por unanimidade. Claro que, hoje, não há sequer um nome que tenha condições para isso. Teria tudo que ser feito com o máximo cuidado.

Posso parecer radical, mas é inacreditável o que acontece com o Flu. Três meses de salários atrasados e o pior desempenho dentre todos os 12 ou 13 clubes da elite do nosso futebol. Um apequenamento assustador e que, a essa altura, parece irreversível.

Mais de dez jogadores emprestados país afora, com salários pagos pela metade pelo Fluminense. Dinheiro jogado fora em um projeto ?internacional?, o tal Samorim, que serviu até o momento apenas para a promoção pessoal do seu idealizador. Dinheiro jogado fora.

Nenhuma rádio importante do Rio de Janeiro transmitiu Fluminense e Ponte Preta, o que demonstra a pouquíssima importância que dão hoje ao nosso time e à nossa torcida. No Canal Première, um careca gaúcho repulsivo e o Edinho torcendo descaradamente pela Ponte Preta.

Em São Paulo, o tal Flávio Prado, muito antes do jogo, berrando nos microfones que a Ponte Preta seria roubada no Maracanã, que o Fluminense já tinha tudo armado, e nada lhe acontece. Nem um processo judicial. Nada.

E isso tudo depois da humilhação sofrida diante do Curintcha, o clube mais sujo do país, e sob os auspícios das Organizações Globo, que mentiram, torceram, distorceram e deram respaldo ao assalto da arbitragem que nos foi imposto.

É como se não tivéssemos ninguém no comando, assim como aconteceu em 2013. Atiram pedras sem qualquer reação. Faltam também humildade, o reconhecimento dos erros, a tentativa de aproximação com a torcida, a busca por investidores e apoio dos tais empresários que apoiaram o Cacá Cardoso.

O Fluminense tem feito mal a todos nós, torcedores. Deixou de ser um prazer, uma paixão, e passou a ser um problema em nossas vidas.

Que tal uma renúncia negociada enquanto ainda dá tempo de planejar 2018?

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