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Com Perdão Pela Palavra, Está Foda... (10/09/2017)

Foram dez dias de treinamento ?intensivo? no CT, para quê? O Fluminense voltou com os mesmos defeitos, um time de zumbis, de mortos-vivos robóticos e anestesiados, com as poucas exceções de Henrique Dourado, e alguns momentos do zagueiro Henrique e de Wendel.

Justiça seja feita, Sornoza entrou bem no jogo até cansar, e mostrou que pode ajudar muito. O resto, meus amigos, é de dar pena. Há jogadores que não têm mínimas condições de jogar na primeira divisão, ainda mais em time grande: Lucas, Renato Chaves, Orejuela, principalmente.

Pode ser que os quatro meses de salários atrasados e o isolamento de Abel Braga no futebol tenham influência na nossa mediocridade. Mas o time é muito mal treinado, nossa zaga é um desastre (a pior zaga da primeira divisão), insistem nos mesmos erros, não sabem jogar com bolas altas na nossa área.

Eu diria que o momento é muito grave, não só no futebol, mas também em termos institucionais.

Como os dois ou três amigos que me leem aqui já sabem, sou niteroiense, mas moro em Brasília há 32 anos. Como tenho filhos, neto, irmãos, sobrinhos, mãe e amigos na minha cidade natal, vou sempre lá. E o que ouço e vejo é desolador.

Todos os meus filhos cariocas, meus irmãos e sobrinhos são tricolores, eu me encarreguei de doutriná-los desde o berço. E eles me dizem que não veem mais jogos do Flu, não querem se aborrecer, o clube desistiu do torcedor, e não restou a eles senão desistir do clube.

É triste, e luto para mudar esse estado de espírito. Como é que um time grande pode entrar em campo com inutilidades como Lucas, Renato Chaves, Orejuela, um Wellington Silva de um metro e meio de altura, mas com uma máscara de 1m85, que o atrapalha na hora de jogar?

Com um Gustavo Scarpa que parece também, como Wellington, ter desistido da carreira de jogador? Com um treinador que todos admiramos como ser humano, mas que não consegue mais encontrar soluções para o time?

Com uma diretoria que não resolve o problema dos salários, fundamental para qualquer esporte profissional? Somos o único clube nas duas divisões principais que não tem um patrocínio master.

Sim, fomos mais uma vez roubados. O ladrão mostrou suas armas com quatro segundos de jogo. Um arremesso lateral que era do Fluminense. Ele demorou uns quatro segundos para se decidir e apontou, vacilante, em favor dos baianos. Isso já mostrava como ia ser a coisa.

Sim, Robinho foi ingênuo e tolo no lance da expulsão. Mas era para cartão amarelo. Enfim, ele marcou um pênalti que outro ladrão mais renomado não marcaria.

O jogo estava ganho, aos 45 minutos do segundo tempo. Mas os zeros à esquerda Nogueira, Renato Chaves, Marlon e Júlio César permitiram o empate, de forma patética. Uma bola fácil, um cruzamento infantil na segunda trave, e os quatro patetas falharam ridiculamente.

Já no primeiro tempo, com nossa horda de zumbis arrastando-se em campo, Orejuela fez tentativas seguidas de entregar o jogo.

Nosso time saía jogando na defesa, e ele entregava a bola ao adversário. Na terceira tentativa, ele conseguiu. Perdeu a bola, errou bisonhamente o passe, o tal de Patrick cruzou e Renato Chaves estava sozinho na área contra quatro adversários.

Contra apenas um adversário, o nosso RChaves já é um desastre. Contra quatro, ele é uma espécie de Armagedon. Fingiu que pulou e, claro, perdeu na cabeça para o Trellez, que ajeitou para Neilton marcar. Simplesmente ridículo. Dez dias de treino para essa merda...

Graças à raça e ao empenho de Henrique Dourado, empatamos no comecinho do segundo tempo. Gol de Wendel, aproveitando a sobra do goleiro. E, claro, desistimos novamente do jogo. O Vitória veio com tudo e ficamos encurralados.

Robinho entrou e todos nós ficamos na expectativa de uma bela virada. Coisa nenhuma. Foi expulso com apenas um minuto em campo, por um lance em que foi ingênuo e o juiz, tendencioso.

Viramos quase por acaso em um pênalti fortuito, mas a pior zaga do país não poderia deixar por isso mesmo. Entregou o ouro, assim como Júlio César.

Tudo isso é pouco. Ficamos sabendo, ao longo da semana, que Levir Cuspe ganhava 630 mil reais por mês para debochar da nossa cara, fazer piadas idiotas e desmoralizar uma instituição centenária que ele nunca respeitou. E ainda vai levar, mole, mole, R$ 2,4 milhões por incúria e desleixo da nossa diretoria.

Amigos, está foda ser Fluminense. Além das tristezas do futebol, aumentaram na marra e sem aviso a mensalidade do meu título de sócio-contribuinte de 130 para 150 reais por mês.

Mas eu não vou desistir. O Fluminense é maior do que tudo isso.

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