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As Crises Do Fluminense E Do Brasil (24/08/2017)

O Brasil tem um rombo de R$ 159 bilhões em suas contas de 2017 e também de 2018. Ou seja, a previsão de arrecadação com impostos, repatriação de dinheiro roubado e outras fontes de receita é menor do que as despesas em 159 bi, neste ano e no próximo.

O Fluminense, por sua vez, anunciou que seu rombo orçamentário em 2017 é de R$ 75 milhões, porque todas as receitas estão excessivamente comprometidas com pagamentos de velhas dívidas por meio do Profut e do Ato Trabalhista que, juntos, chegam praticamente a R$ 5 milhões por mês.

É preciso concluir o pagamento ao Independiente Del Valle por Orejuela e Sornoza, concluir o CT e terminar de ressarcir o Pedro Antônio, uma dívida de R$ 5,5 milhões

O governo brasileiro faz das tripas coração para arranjar dinheiro que atenue o rombo, e anunciou privatizações de 57 empresas e projetos oficiais ? não vai resolver, porque o processo é longo e duvidoso. Pelo menos, cria expectativa de crescimento econômico, o que por sua vez gera receita.

O Fluminense pretende resolver o seu próprio rombo com a venda de ?ativos voláteis?, ou seja, seus jogadores mais jovens e promissores. Em um mercado recessivo em toda a economia e que atinge também o futebol, parece mesmo ser a saída possível.

Vamos deixar o país de lado e tratar do caso do Fluminense, que é o que importa aqui.

Analisando de longe o processo, acho que a situação do clube é mais grave do que parece, e a simples venda de Richarlison e Wendel por valores abaixo do que valem não vai resolver o problema nem mesmo de 2017. Para o futuro, as nuvens continuarão ainda mais carregadas.

Se Richarlison rendeu pouco mais de R$ 20 milhões, em duas parcelas, Wendel renderá pouco mais de R$ 30 milhões, também parcelados. Mesmo que o clube consiga a operação de factoring, que lhe garantirá uma antecipação das segundas parcelas em operações bancárias, o total será inferior a R$ 50 milhões.

O rombo orçamentário continuaria então em R$ 20 milhões. Sem contar que os prejuízos com bilheteria são semanais, o que talvez não estivesse previsto no orçamento de 2017.

Lamento muito ter que escrever isso, mas é a realidade. Como o Flu vai obter esses R$ 20 milhões, não sei. Lembro que, a partir de agosto, as prestações mensais do Profut vão dobrar, o que complica ainda mais o quadro. Uma boa colocação no Brasileirão renderia um bom prêmio da CBF, e o título da Sulamericana também.

Atrasar o Profut levará à retirada do clube do programa, o que significa a volta das penhoras de receita, assim como a perda do Ato Trabalhista por não pagamento. E é fundamental evitar os atrasos salariais, ou o rendimento do time fatalmente irá cair.

Enfim, resta torcer pelo título da Sulamericana e por uma boa classificação no Brasileirão. Será que teremos fôlego para tudo isso?

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