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Vitória Tenebrosa (16/07/2017)

Foi um festival de horrores. Imaginem, amigos, o que seria um jogo entre os elencos e as equipes técnicas do seriado mexicano Chavez e o brasileiro Os Trapalhões. Pois foi o que vimos no Couto Pereira: um jogo entre dois times que estariam em situação difícil se jogassem a segunda divisão.

Só para liquidar logo este assunto e cuidar só de futebol: o Fluminense parece mesmo reduzido a time médio ou pequeno. A transmissão do jogo foi toda pró-Coritiba, caseira, parcial, locutor e repórter de campo. E com o reforço precioso do recalcado Edinho, que mais uma vez nos tratou como inimigo.

Duvido que qualquer dos quatro paulistas, ou dos três outros cariocas, merecesse tal tratamento do Sportv. Uma transmissão que teve lado, torceu por um time, o Coxa. Nem vou comentar os demais jogos, porque o futebol brasileiro está sendo muito prejudicado por este sistema.

Vencemos, sim, bom resultado fora de casa. Mas o nosso time está muito ruim, jogando mal, errando tudo o que tenta, com jogadores sem nível técnico de primeira divisão. O pênalti, com quatro minutos de jogo, foi resultado de uma falha de pura displicência de Orejuela, que não sabe proteger uma bola.

Nosso primeiro gol foi extraordinário, um golaço de nosso mais mortal atacante, que idiotas em redes sociais insistem em atacar. Richarlisson é foda, e sem ele estaríamos na zona do rebaixamento.

O segundo gol foi consequência da incrível ruindade do Coritiba, um dos times que me dão a certeza de que não vamos cair, porque é ruim demais. Gol do Leo, que depois disso errou tudo o que tentou no jogo. Pobre rapaz, é muito ruim de bola.

Ele luta, tenta, briga, mas é difícil. Não é só a ruindade técnica. É a falta de inteligência para o futebol, a pouca compreensão do que é o jogo, os erros cognitivos, de reflexo, de colocação.

O gol do Coritiba nasceu de um erro infantil dele, Leo. Com a bola praticamente sob seu controle, acossado por um atacante do Coxa, de frente para a nossa linha de fundo, poderia fazer tudo. Chutar para a lateral, dar uma puxeta para o ataque, provocar uma falta do jogador deles.

Não fez nada disso. Chutou todo desajeitado para a linha de fundo, um escanteio que normalmente é mortal para nós. Dito e feito. Tiro de canto cobrado, rasteiro, o indigitado Pedro furou e a bola sobrou para o tal do Henrique Almeida guardar.

Depois foi só horror, retorcer os intestinos com medo do gol de empate durante todo o segundo tempo. Um time que não sabe jogar futebol, é puro bumba-meu-boi, bola para o mato. A fórmula não funcionou em jogos anteriores, mas contra o ridículo Coritiba deu certo.

A sorte também não nos ajuda. Mais contusões, o Reginaldo, o Nogueira, e minha sincera dúvida em relação à nossa preparação física. Nosso estoque de zagueiros acabou. Lucas não tem condições de jogar futebol profissional. Scarpa, com toques de classe na bola, parece morto, arrasta-se em campo.

Por incrível que pareça, nosso melhor jogador, além do Richarlisson, mais uma vez foi o goleiro Júlio César. Não sabe cobrar tiro de meta, não sabe sair jogando com os pés, não sabe sair do gol, mas tem feito incríveis defesas de puro reflexo.

A perda do Wellington Silva é um desastre para nós. Junto com o Richarlisson, é o jogador que sempre me dá esperanças de vitórias, de viradas de jogo, de jogadas imprevisíveis e brilhantes. Um furador de retrancas, um driblador incrível, que ajuda na marcação e é quase imparável no um contra um.

Dizem que o Ceifador está de saída, chegou uma proposta quase irrecusável. Prefiro perdê-lo ao Wellington Silva. A vantagem do Dourado é a experiência, tem mais postura de profissional em campo, enquanto nosso time é verde, apesar dee ter jovens muito bons.

Vamos ver, amigos.

Espero pelo menos uma sequência de campeonato digna, com o Flu naquela primeira página da televisão, quando mostram a colocação dos times.

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