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Um Futuro De Incertezas (03/07/2017)

Amigos, muito sofrimento nos aguarda até o final do ano. É difícil aguentar um baile do fraquíssimo time da Chapecoense no tal suposto alçapão, com a torcida deles sufocando a nossa. Pode ser uma transição, vá lá, mas é intolerável. Até quando estaremos ?em transição? e sendo motivo de chacota? O Flu sendo abastardado?

Os dois ou três amigos que me acompanham aqui notaram que não escrevi nada sobre a goleada contra a caricatura de time que é a Universidade Católica do Equador, que cairia para a terceira divisão, se disputasse aqui no Brasil a série B. Não queria estragar a alegria de ninguém, por isso me omiti. Mas os defeitos que vi naquele jogo me arrepiaram os cabelos.

O que nos tem salvado de sucessivos papelões é a indiscutível qualidade técnica de três ou quatro dos nossos jogadores, que garantem gols lá na frente. Porque no meio de campo e lá atrás...humpf! Quando Wendel, Gustavo Scarpa, Richarlisson, Dourado e agora Wellington estão bem, podemos vencer. Quando estão mal...

Nesta segunda-feira de horrores em Edson Passos, todo o time jogou muito mal, displicente, desorganizado, com incríveis erros técnicos, preguiça, passes errados. A impressão que dá é que o time não treina jogadas coletivas, como a saída da defesa. Os erros são absurdos.

Um time um pouco mais qualificado do que a Chapecoense nos teria submetido a um vexame histórico. Não entendo por que Henrique, Orejuela e Calazans insistem em dar quatro ou cinco toques na bola, lentamente, arrastando-se em campo, quando o correto seria um toque de primeira. A enxurrada de elogios parece ter feito muito mal a Wendel.

Alguns jogadores realmente me tiram toda a vontade de ver nossos jogos. Um deles é esse tal de Lucas, que não tem mínimas condições de jogar futebol profissional. Henrique e Orejuela estão quase chegando lá. Esses rapazes parecem doentes.

Sim, é difícil escrever sob a raiva de um resultado ruim contra um time fraco e com um jogador a menos. Estive perto de desligar a televisão ou mudar para um filme quando o Reginaldo, com 1m93 e certamente uns 90 quilos, perdeu no corpo a corpo para o tal de Rossi, que tem o porte físico de um porteiro noturno de prédio residencial.

E Reginaldo é o melhor de nossos zagueiros. Mas tem que jogar por ele próprio, por Orejuela, que não marca ninguém, e por Lucas e Henrique. Orejuela cansou também de errar passes em frente à nossa área, por displicência, lentidão, ou sei lá o que se passa na cabeça dele.

O mínimo que se exige de um time de primeira divisão é saber sair jogando, com os zagueiros, os laterais, os volantes. O Flu não consegue fazer isso, e todo mundo já percebeu. Marcam em cima e nos sufocam. Somos também o único time em todas as divisões brasileiras capaz de levar dois gols de cobrança de lateral em doze jogos.

Leo tenta, tenta, cobra na área três, quatro, cinco vezes, e não conseguimos nada. O tal do Reginaldo vai lá uma única vez, arremessa na área, e todo mundo fica olhando o tal do Artur Maia, um grande cabeça de bagre (além de baixote), subir sozinho e fazer o gol.

Não treinamos também bolas paradas. Gustavo Scarpa vai cobrar faltas laterais até dezembro e não vai acertar nenhuma. Da mesma forma nos escanteios. As bolas do Gustavo, invariavelmente, vão bem fraquinhas, quase rasteiras, na primeira linha lateral da área, antes mesmo do primeiro pau, e no pé de um zagueiro adversário.

E aí vem o contra-ataque inimigo, porque nunca conseguimos ganhar as segundas bolas e os nossos zagueiros estão ainda perdidos na área inimiga. Parece um time amador, de tão primário e mal treinado.

Qualquer timeco, como a Chapecoense, consegue trocar passes e tabelar da nossa intermediária até dentro da nossa área. Sem qualquer problema. Nossos jogadores de meio de campo não marcam, ou então simplesmente correm atrás do jogador inimigo que carrega a bola. Quando o correto é antecipar, ou esperar de frente quem vem com a bola.

E a mania de dar cinco toques na bola à toa, caminhando, antes de dar um passe de apenas um metro, geralmente para trás? Ou para o goleiro? Ah, isso mata de raiva! Por que não tocar de primeira? E mais, ninguém se desloca. E a ausência de jogadas de ataque, como o dois-em-um, em cima do lateral adversário?

Fazemos gols apenas na raça ou na habilidade individual de alguns jogadores. Ainda bem que Wellington voltou, um raio de luz de inteligência e talento. Que falta nos faz um volantão marcador, como o nosso ex Marcão, ou até mesmo o Márcio Araújo, quem sabe o Pierre? Faltam marcação dura e feijão-com-arroz entre a nossa defesa e o meio de campo.

Tomar o terceiro gol da Chapecoense com um jogador a mais, em uma jogada idiota, um cruzamento longo e sem pretensões, quando tínhamos tudo para virar o jogo, é demais. Nosso goleiro, não sei...vamos sofrer muito até dezembro.

Para encerrar este muro de lamentações: a diretoria do Fluminense está devendo à torcida um estádio. O Fluminense firmou sua identidade de gigante no século passado porque construiu o primeiro estádio do Rio de Janeiro, que foi o palco da estreia da Seleção Brasileira. Depois da crise com Pedro Antônio, há uma dívida, que a história irá cobrar.

Estamos beirando o ridículo. Nossos 15 mil fieis torcedores de todos os jogos não merecem isso.

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