Resta uma única esperança contra o Grêmio para o jogo da quinta-feira: o cansaço dos gaúchos, que vão ter um espaço menor de tempo de dois dias entre as partidas. O nosso time está caindo aos pedaços, desmontado por contusões e, daqui a pouco, também sofrerá o acúmulo de cartões.

A única vantagem de todo esse sufoco é que alguns garotos conseguem mostrar serviço e apontar para uma renovação que parece não ter fim. Contra o Parmêra, Marquinhos Calazans provou que a torcida sempre esteve certa quando pedia sua escalação.

Espero que, na quinta, seja a vez de Mateus Norton, que veio do Aimoré, do Rio Grande do Sul, como uma grande revelação e um dos melhores volantes do estado, com apenas 20 anos. Mas tricolor não pode mais ser totalmente feliz.

Agora é a crise instalada no elenco pelo episódio em que a diretoria pisou lamentavelmente na bola, ao abrir negociações com o Parmêra por Richarlison exatamente na semana do jogo contra os porcarias. O resultado foi uma derrota fácil, em jogo que nossos meninos mostraram que dava pra conseguir até ganhar.

Eu não sei se podemos classificar exatamente como amadorismo ou incompetência o que aconteceu na semana passada. O fato é que há uma ânsia por vender logo os nossos jogadores, o que levou os porcolinos a se aproveitar, vencer o jogo, instalar a crise em nosso terreiro e prejudicar o garoto Richarlison.

Boa parte dos torcedores não tem muita inteligência, e já se prepara para crucificar o menino, que foi apenas uma vítima. Quem já viu entrevistas de Richarlison sabe que é um rapaz humilde, simplório, e que não está ainda preparado para a enorme pressão do profissionalismo. Caiu na conversa dos canalhas que o representam e sofreu a inépcia de nossa diretoria.

Espero que tenha passado, e que tenha servido de lição. Temos o Grêmio pela frente, e não podemos sofrer uma terceira derrota para eles em um mês. Seria bom também que alguém nas Laranjeiras se mobilizasse em busca de um patrocínio máster, porque investidor não cai do céu, não bate na porta. Chega de pasmaceira!

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