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Cuidado Com A Bola Aérea, Com A Arbitragem E O Salto Alto! (16/04/2017)

Antes de mais nada, quero deixar bem claro que sou abelista convicto. Abel pode não ser o melhor técnico brasileiro, mas é o melhor técnico para o Fluminense, eu sempre o defendi e comemorei sua chegada, como os poucos amigos que me aturam aqui podem comprovar.

Mas há problemas com o Fluminense, e alguns deles podem ter relação com o Abel zagueiro de Flu e Vasco. Vamos recordar:

Finalíssima do Campeonato Carioca de 1976, o melhor e mais importante do Brasil na época, maior do que o Brasileirão. Cinco minutos da prorrogação, jogo duro, zero a zero ao longo dos 90 minutos. Francisco Horta tinha armado o time do Vasco às custas do Flu, enviando de graça para lá vários dos nossos craques.

Tensão no estádio, quase cem mil presentes. Paulo César Caju cobra uma falta da esquerda (uma falta que hoje não seria marcada, porque o Vasco manda na Ferj e o Flu é tratado como cachorro leproso por Roubinho e Jorge Roubelo).

Bem, vamos lá. PC cobra da esquerda, a bola voa, alta e sem peso, e Carlos Alberto Pintinho (muito melhor do que Paulinho da Seleção, Orejuela, Willian Arão, o diabo), do lado direito da área vascaína, cabeceia para o meio, para o bolo.

O argentino Horacio Narciso Doval, com 1m73, sobe e cabeceia de costas, de cocoruto, para o fundo da rede do frangueiro Mazaropi.

O zagueiro central do Vasco, com 1m88, era o gigante Abel, que ficou totalmente perdido no lance. Apesar do tamanho, não sabia cabecear e nem tinha tempo de bola. Abel havia sido doado ao Vasco por Horta, junto com Marco Antônio, e era um bom zagueiro. Flu campeão.

No ano seguinte, 1977, a final foi entre Flamengo e Vasco, porque Francisco Horta havia destruído o Fluminense, doando aos adversários do Rio de Janeiro nossos melhores jogadores.

Bom, aos 40 minutos do segundo tempo, o lateral esquerdo Júnior Capacete tenta cruzar e pega mal na bola. O ex-tricolor Marco Antônio (outro doado ao Vasco por Horta) joga para escanteio. Zero a zero no placar. Estádio explodindo de nervosismo.

Zico Amarelão vai lá para a direita cobrar o corner. Bate com o pé direito, rasante e de trivela, na marca do pênalti. O zagueiro urubulino Rondineli, de 1m78, esperava na meia lua. Quando a bola voou, ele correu e a encontrou, em um movimento perfeito, sincronizado. Testou a mardita para o fundo da rede de outro frangueiro, Emerson Leão.

O zagueiro central do Vasco, que ficou olhando, estático, com 1m88 (ufa...), de novo, era Abel Braga. Ótimo na marcação rasteira, nas divididas, nas antecipações. Mas fraquíssimo nas bolas altas, apesar de ser um dos jogadores mais altos do país.Nem os goleiros tinham a sua altura.

Por favor, amigos, de novo: Não quero crucificar Abel, a quem admiro muitíssimo. Mas ele hoje precisa cuidar disso no Flu, a bola aérea. Sempre foi o ponto fraco dele, mesmo com jogador.

Qualquer técnico de time pequeno sabe que o Fluminense é vulnerável na bola aérea, basta cruzar pelo alto que é meio gol ? nossos zagueiros, todos eles, não sabem cabecear e não têm tempo de bola. Perdem todas. Nesses momentos, tenho saudades de Gum e Leandro Euzébio.

Nosso jovem time está em formação; quando está completo é um dos melhores do país. O melhor ataque do Brasil, não tenho dúvidas, é Richarlisson, Wellington e Gustavo Scarpa, municiados por Sornoza.

É uma pena que nossos laterais sejam fraquíssimos. Os dois. Há defeitos a corrigir, e temo por um salto alto. Essa turma toda tem dado a alma em campo, lutado com loucos, e todos nós amamos esse empenho, esse respeito à camisa e à profissão.

Se o time relaxar, achar que é bom demais, que vai ganhar quando quiser, no entanto, isso é o prenúncio do desastre. Vamos fundo, garotos, podemos fazer história. O descanso nesse fim de semana foi bom. Temos que destruir o Goiás, quero indignação dos jogadores pelo roubo do juiz e pela canalhice do jogador, que admitiu que não foi pênalti, que se jogou.

Vamos que vamos, tricolores. Estarei no Maracanã na quarta-feira e quero sair feliz, tomar uma cerveja com meu filho e com os amigos que encontrar. Comemorar a vitória que vai iniciar a caminhada rumo ao infinito!

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