Por Que Insistir Com Henrique, Chaves E Dourado? (15/03/2017)
Ganhamos, estamos classificados, mas em verdade vos digo, meus amigos: com Henrique, Renato Chaves e Ceifador Dourado vamos lutar para não cair no Brasileirão. Digo mais: com esses três jogadores, o Fluminense não conseguiria chegar entre os quatro da Segundona.
Saudades de 2010, 2011 e 2012, quando tínhamos homens como zagueiros, atletas fortes, que não perdiam sequer uma bola alta na área, não perdiam bolas divididas para anões e ainda faziam gols de cabeça a nosso favor. Hoje, temos dois tuberculosos que não sabem cabecear, não têm impulsão, não têm tempo de bola, e perdem divididas para jogadores com metade da altura deles.
Quando Pierre, marcador duro, está em campo, a fraqueza absurda de Henrique e Renato Chaves fica atenuada. Mas Orejuela e Douglas não são exatamente primeiros volantes.
O Fluminense levou 12 gols em 2017, e nove deles (9) foram em bolas altas na área. Para compensar, os dois tísicos sobem em todo escanteio a nosso favor...para nada. Só para facilitar o contra-ataque adversário.
Elogio o Abel sempre que posso, mas sinceramente não entendo a implicância que ele tem com Nogueira e Pedro. Hoje, a dupla de zaga titular tem que ser Reginaldo e Igor Nogueira, e Pedro o centro-avante. Ceifador conseguiu contra o Criciúma a proeza de não atingir sequer 15 segundos com a posse da bola. Não estou exagerando, basta rever o jogo e contar.
Abel está sabotando o Fluminense, ao insistir em Ceifador e Renato Chaves. Ele diz que o Henrique Dourado ?dá combate à zaga adversária na saída de bola?. Nada mais falso. Ou o Abelão está míope, ou não sei o que se passa com ele.
Nunca vi o Dourado fazer sequer um desarme de zagueiro adversário. Ele nem tenta. Quem tenta e consegue tomar bolas é o Richarlisson, que conseguiu sofrer o pênalti depois de desarmar o zagueiro, e tomou várias bolas no segundo tempo.
Aliás, Richarlisson merecia ter o salário triplicado. Ele joga por ele e pelo Ceifador, e marca pelo Leo Pelé e pelo Henrique, pois os dois apenas assistem ao jogo de longe, para não se comprometer e nem levar dribles.
Nossos ?zagueiros? e volantes levaram um baile do tal do Caio Rangel, um black habilidoso revelado pelo Flamengo e que foi vendido bem jovem para o Genoa. Seria um bom reforço para nós. E, como já disse outras vezes, Abel não pode indicar jogadores. O tal do Barreto, indicado por ele, sabe apenas dar pancadas.
Um jogo que tinha tudo para ser fácil, tornou-se uma agonia. Para complicar, Ladrão Pedro Vuaden cumpriu o que dele se esperava. Deixou os jogadores do Criciúma agredirem livremente nossos meias e atacantes. Não deu logo de cara um pênalti no Richarlisson, que foi empurrado depois de driblar o zagueiro.
Ladrão iria validar o gol feito com a mão pelo Barreto do Abel, mas o tapa na bola foi escandaloso demais. Como Ladrão não amarelava e nem expulsava, os catarinenses perceberam que o cacete estava liberado.
Temo que estejamos correndo o velho erro de superestimar uma boa campanha no Carioca do Roubinho e do Eurico e entrar fracos para o Brasileirão. A base do time é boa, mas um time grande, de primeira linha, não pode ter os zagueiros Renato Chaves e Henrique, e nem o Ceifador como centro-avante.
Não adianta esperar por reforços, porque dinheiro não há. O Fluminense ainda deve direitos de imagem do ano passado a vários jogadores, deve R$ 7 milhões a Pedro Antônio e o CT está praticamente parado. As esperanças se concentram em vencer títulos (com essa zaga e com o Ceifador?), vender pelo menos um jogador na janela de meio do ano e conseguir um patrocinador máster.
Desculpe, não há artigos no momento. | |