Sim, o normal é vencer o Flamengo em decisões. É histórico.

É delicioso calar a boca de canalhas, como a turma da Espn. Passamos a semana ouvindo na tevê e lendo nos sites e jornais que o Flamengo já era campeão, que a final havia sido contra o Vasco, que o Fla-Flu seria apenas um compromisso chato e burocrático para carimbar a faixa.

Aliás, nem ouvi falar de Fluminense ao longo da semana. Só se falou da confusão da torcida única e do Flamengo, o gostosão, claro, e do seu ?maior rival, o Vasco?. A vitória era só uma questão de entrar em campo, nem seria preciso muito esforço.

Estou impressionado com o Richarlisson, em quem eu sempre apostei. Mas chegou apavorado no ano passado, afobado, inseguro. Aos poucos, vai se soltando e já prevejo que vai ser um dos maiores atacantes do país em pouco tempo. O cara não dá descanso a goleiro adversário, a zagueiro, dá carrinho, corre atrás, é veloz e matador.

Wellington foi o outro grande nome do jogo, com impressionante aplicação tática, inteligência, dribles, o lançamento do gol do Lucas, o gol que ele próprio fez. Vai crescer também, e formar uma dupla diabólica com o Richarlisson. Quando o Scarpa voltar, eu tiraria o Dourado e manteria Wellington e Richarlisson na frente.

Time enjoado o nosso, com esses dois no ataque e mais Scarpa, Sornoza e Orejuela. Outros que também ainda não chegaram ao apogeu. Vão melhorar muito, e como seria bom se não fossem vendidos logo!

Fiquei também estarrecido com o juiz, um contumaz ladrão que, desta vez, apitou muitíssimo bem. Até pênalti a nosso favor contra o Flamengo ele marcou! Vocês devem se lembrar que no ano passado ele expulsou Fred, depois do nosso atacante cair por um pontapé aplicado pelo Williams, do Flamengo. No comecinho do jogo.

Devem ser as boas relações do Flu com a Fferj, finalmente, dando resultado. Começo de ano promissor. Aposto que iremos beliscar um título até dezembro e chegar à Libertadores. Abelão em grande fase, conseguiu formar uma grande família, um grupo entrosado, amigo e feliz de estar junto.

Sobre a destruição que tentam impor ao futebol carioca, achei muito boa a postura do Pedro Abad. Sempre sereno, foi didático em sua demonstração de ética, de pacificação do futebol, de entendimento entre os clubes. Como seria bom se isso tudo fosse o embrião de uma união entre dirigentes!

Falta a luta pela equalização das cotas de televisão, ou pelo menos de uma divisão mais justa. Sobre o Fla-Flu, vamos falar sério: quem do time deles teria vaga no nosso? Para mim, só o Diego e o Guerrero. Não trocaria ninguém do Flu por alguém deles.

Enfim, teremos um refresco institucional ao longo da semana. Mas continuo muito preocupado com nossa situação institucional. Os caras que dominam os programas de televisão, os formadores de opinião, formam hoje a pior safra da história. Assim como os dirigentes da CBF e da Federação de Futebol do Rio. A escória da escória.

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