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Condenados à Irrelevância (26/02/2017)

Meus amigos tricolores,

Muitos de nós temem que o Fluminense esteja se transformando em um Coritiba, um Vitória ou Bahia, um Sport; um time médio, enfim. Pois eu sou ainda mais pessimista, e entendo perfeitamente quem não quiser ler isso, seja porque é otimista além da medida, ou por outra razão qualquer.

Esses times que citei têm a seu favor uma grande força local, regional, têm o apoio da mídia de seus estados, das empresas locais, além do respeito de suas respectivas federações ? de resto, quase tão ruins quanto a do Rio de Janeiro.

O Fluminense, ao contrário, tem exatamente em sua base, o Rio de Janeiro, sua maior fraqueza. Sofremos com o ódio e a hostilidade da federação, a sabotagem ostensiva da mídia carioca, o que permite arbitragens criminosas como a do larápio que ?arbitrou? o jogo contra o Madureira. Aquele escândalo vai ficar por isso mesmo.

Já temo que Marcelo de Lima Henriques vá apitar o Fla-Flu.

Permite também que nosso clube seja o único obrigado a jogar em pastagens e terrenos baldios esburacados como Los Larios, Moça Bonita etc. E o que dizer da narração absurdamente parcial da TV Globo, com o Luiz Roberto e o ladrão aposentado Renato Marsiglia torcendo descaradamente pelo Madureira?

LR e Marsiglia acharam ?normal? a agressão do jogador do Madureira a Gustavo Scarpa. ?Não foi nada demais, o jogador escorregou e o choque foi inevitável?, disse o ex-ladrão em campo, e agora ladrão no microfone. Até o final do jogo, ele viu benefícios da arbitragem ao Fluminense, embora o que se visse em campo fossem sucessivas violências contra nossos jogadores.

Claro, se houvesse uma expulsão, seria de um jogador do Flu. E o ladrãozinho amestrado da Federação providenciou isso com enorme eficiência. Cotovelaços, socos, e pontapés de artes marciais, como o que sofreu Sornoza no último lance, se repetiam. E tudo bem para Sua Excrescência. E para Marsiglia e Luiz Roberto.

Tudo isso no plano estadual. No plano nacional, fomos praticamente deletados, apagados, excluídos. Como os trotskistas eram apagados das fotos históricas durante a era Stalin na União Soviética.

A não ser que fôssemos sucessivas vezes campeões brasileiros e da Libertadores, não há chance de formarmos um só novo torcedor fora do Rio de Janeiro. A menos que seja filho de família tricolor.

Gostemos ou não, quem forma novos torcedores hoje é a televisão, são os programas dessas Espn, Sportv e FoxSports da vida. Esses canalhas são formadores de opinião, dos jovens que os assistem diariamente. Como a minha geração ouvia rádio e lia jornais.

Como eram os jornais até a metade dos anos 50 e, a partir daí, as emissoras de rádio de âmbito nacional: A Rádio Nacional, a Rádio Globo, principalmente, que no tempo das Ondas Médias e Ondas Curtas entravam fortes em várias regiões do país. Por isso, os clubes cariocas, até pouco tempo, tinham grandes torcidas nacionais, no Nordeste, no Centro Oeste e no Norte.

Para esses canais e seus jornalistas, o Fluminense não existe mais. A não ser como um clube que gosta de reverter derrotas e rebaixamentos em tribunais, e usando sua influência (que só eles veem) na CBF.

O Botafogo, o Flamengo e o Curintcha são o que eles pensam que o Fluminense é: O clube dos bastidores, do jeitinho e do jeitão, do poder público, das maracutaias.

Todo esse quadro que tentei descrever de forma crua e realista afasta investidores, empresas que temem associar sua marca ao clube. Sabem que vão sofrer acusações, rejeição e que terão quase nenhuma visibilidade.

Lamento ter que escrever tudo isso, dói muito, mas é a mais pura realidade. Como reverter esse quadro, é tarefa para a atual e para as futuras direções do Fluminense. Tarefa dura, e que precisa do apoio, do engajamento e da cobrança da torcida. Não podemos deixar que nos esmaguem.

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