Só O Flu E Sua Torcida Podem Nos Salvar (23/02/2017)
O escândalo da marcação de Fluminense e Madureira para Los Larios atira em nossas caras o desamparo institucional do nosso clube. E é inevitável a comparação com os outros grandes e suas couraças de proteção.
Vamos a alguns exemplos: a pressão da mídia fez chorar o juiz de Curintcha e Parmêra, que errou ao expulsar o volante Gabriel ? recebeu um cartão amarelo por falta cometida por outro jogador. O escândalo foi armado, o que obriga todo juiz que apitar na Arena Lulla a, na dúvida, marcar sempre pró-Curintcha, para se autopreservar.
O fato me remete a absurdos de arbitragem cometidos contra o Flu e que são solenemente ignorados. De volta aos anos 90: houve uma partida, acho que em 1992, em que Valdir Bigode recebeu dois cartões amarelos no mesmo jogo e continuou em campo. O caso foi tratado apenas por alto, e com humor, pelos ?colunistas? e ?jornalistas?.
São tantos os episódios que nem vale a pena relembrar. Seria material para um ensaio. Peço apenas aos amigos que imaginem o escândalo que seria em todo o país se fosse o Fluminense o favorecido na semifinal contra o Parmêra na Copa do Brasil de 2015. O que os dois ?árbitros? fizeram nas duas partidas foi caso de polícia. Imaginem o contrário...
Leio que o Vasco da Gama deveria ter sido excluído do chamado Ato Trabalhista, porque não cumpre o decidido judicialmente. Não destina 10% de suas receitas para pagamento de antigas dívidas trabalhistas. E nada acontece, Eurico não está tendo suas rendas e receitas penhoradas. Imaginem se fosse o Fluminense...
O Botafogo recebeu do poder público um estádio novinho em folha, de graça, pintou com as suas cores, mudou o nome das instalações para ?Nilton Santos? e dá-se o direito de proibir alguns jogos lá. Enquanto isso, destrói um outro patrimônio público em Niterói, o tradicionalíssimo Caio Martins, que é do Estado, mas eles consideram deles.
Tem mais: em suas negociatas com a Odebrecht, o tal protético que presidiu o Botafogo (e o roubou), Maurício Assunção, tomou-lhes um ?empréstimo? de 30 milhões de reais, em nome do clube. Ninguém sabe para quê. Está tudo escondido. O clube não pagou, claro, e a Odebrecht, ao que parece, não quer receber.
Nem é preciso mencionar os ?erros? de arbitragem que beneficiam os outros três cariocas, comparados com os que os juízes cariocas cometem contra o Fluminense, mesmo nas partidas contra times pequenos.
Desaparecemos da grande mídia, e nossas únicas valências são os veículos, sites e blogs de tricolores e os institucionais, do próprio clube. Estão conseguindo, na marra, reduzir-nos a um clube de segunda linha. As razões são várias e quem acompanha de perto o Fluminense nos últimos 50 anos as conhece.
Meu consolo é perceber que a diretoria atual trabalha de maneira firme e silenciosa para reestruturar o Flu como instituição, dotá-lo de estrutura para sobreviver a tudo isso. Espero não estar enganado.
Nossos dirigentes não fazem estardalhaço, mas parecem obstinados e seguros de onde querem chegar. Vamos começar ganhando o Euricão-2017. Mesmo jogando em pastagens.
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