SEMPRE FLU

Que jogo! Depois de algum tempo voltamos a sentir orgulho de ser Tricolor. Não estou falando que seremos campeões da Copa do Brasil e nem que o G4 é logo ali no Brasileirão, mas que a partida que o Fluminense fez ontem na Arena do Grêmio foi digna das tradições Tricolores: inteligência, atitude, organização, vontade e sorte, nada disso faltou. Àqueles que achavam que apenas uma catástrofe eliminaria o Grêmio, essa catástrofe tem nome: Fluminense Football Club.

O Fluminense entrou em campo com a vantagem de qualquer empate com gols, embora o empate sem gols não o eliminasse diretamente (iria para os pênaltis). O Grêmio começou o jogo com mais posse de bola, mas sem oferecer riscos ao gol Tricolor. O Fluminense, bem postado, tinha dificuldades de colocar a bola no chão do meio para frente. Os passes a meia altura dificultavam o domínio e permitiam a recomposição do adversário. Embora sem brilho técnico, os três meias do time ocupavam bem os espaços, impedindo que o Grêmio chegasse com facilidade à defesa do Fluminense. Faltou apenas um pouco de cobertura ao Léo.

Como eu havia dito após o jogo da semana passada, o time deles joga com grande intensidade e organização, mas falta talento, e ontem isso se confirmou mais uma vez. Superada a pressa inicial do time da casa em fazer logo um gol, o Fluminense foi se organizando ainda mais, e a organização e aplicação tática do time foram coroadas com belo gol de cabeça de Fred. 1 a 0 Fluminense. Com esse gol, a chance de decisão por pênaltis acabou e o Grêmio precisaria fazer dois e não levar mais gol algum para se classificar.

A ida para os vestiários com a ampliação da vantagem só foi possível graças a grande defesa de Cavalieri efetuada já nos exagerados acréscimos de tempo da primeira etapa. Restavam ainda mais 50 minutos para definir a classificação às semifinais. Era mais do que previsível que o Grêmio partiria pra cima desde o início do segundo tempo, mas foi o Fluminense que teve algumas oportunidades, embora não tão claras, quando a bola rolou para a segunda etapa. Dava gosto ver a vontade do time e, mesmo pressionado, nem o Gum estava dando chutão. Parece que o Eduardo Batista tá se fazendo entender na base da conversa, pois tempo de treinamento não tem. O Fluminense controlou o jogo até que levou o gol em jogada boba de lateral.

1 a 1 ainda classificava o Tricolor. O Grêmio encheu o time de atacantes, mas não conseguia penetrar no sólido sistema defensivo do Fluminense com a bola rolando, não restando alternativa a não ser colocar a bola na área, principalmente pelo lado direito da defesa do Fluminense que já perdera o Jean lesionado e contava com outra improvisação, dessa vez do Higor, que também não comprometeu e jogou com muita vontade.

A televisão mostrava a torcida do Grêmio com feições que sugeriam resignação. Eles sabiam que do outro lado havia um time que, naquele jogo, eles não conseguiriam superar. Fim de jogo! O grito de #Time de guerreiros!# que estava guardado há muito tempo pôde ser ecoado novamente. O Fluminense está nas semifinais da Copa do Brasil e pegará o Palmeiras.

Tricoladas!

O time todo demonstrou muita vontade e companheirismo, mas o Gerson precisa ser mais contagiado. Se acha de cristal. E o Oswaldo, hein?! Tá na hora dessa má fase ir embora.

Eliminamos o Grêmio que tem time mais organizado que o nosso. Torneio mata-mata permite isso, por isso, acho justo termos um campeonato de pontos corridos, onde privilegia-se o melhor planejamento, elenco, etc., e um nos moldes de copa, onde o acaso pode fazer surpresas.

Domingo, pelo Brasileirão, pegaremos o Santos na Vila sem Fred, Scarpa e Cícero. Que o Eduardo Batista consiga minimamente organizar um time consciente da pedreira que vai ser o jogo. Se jogarem com a organização e vontade do jogo de ontem, talvez dê para sonhar em arrumar algum pontinho.

Tchau, Ronaldinho!